A Tarde
O Departamento Estadual de Trânsito da Bahia (Detran-BA) descartou a suspeita de que a paralisação no sistema operacional de atendimento do órgão, ocorrida na noite de quinta-feira, 12, tenha sido provocada pela invasão de crackers. Segundo o coordenador do setor de tecnologia e informação do órgão, Nailton Portela, o sistema deve voltar a funcionar normalmente na próxima segunda-feira.
A pane, conforme informou, foi ocasionada pelos atrasos de impressão de documentos, que vinham ocorrendo desde a última terça-feira, com 50% da capacidade. Ele acrescentou ainda que houve uma queda de “performance” e uma equipe técnica em regime contínuo foi designada, desde a última quarta-feira, para normalizar a situação com apoio de funcionários da empresa Unsys, proprietária do sistema de informação do órgão. “O atraso provocou o aumento das filas. A diretoria interrompeu o atendimento na sexta e volta em esquema especial para atender à demanda reprimida”, afirma.
Na manhã de sexta, 13, os serviços continuaram paralisados e centenas de pessoas desavisadas estiveram no órgão para resolver pendências. A maioria delas saiu prejudicada, sem poder resolver questões, como emissão da primeira habilitação, mudança de categoria, emplacamento, alienação fiduciária, dentre outros serviços relacionados a habilitação e veículos. De acordo com o coordenador, os usuários que tiveram documentos com prazo de validade vencido na sexta não sofrerão prejuízos.
Transtornos – Entre os que sofreram transtornos está o comerciante José Conrado dos Santos, 64 anos. Ele saiu de Candeias por volta das 5h30, de ônibus, para desalienar o carro, que foi roubado. “A seguradora pediu que eu registrasse um documento aqui, para ela enviar para São Paulo, onde fica a matriz”, contou.
Conrado reclamou da falta de informação ao chegar ao departamento. “Só vi umas letrinhas miúdas na porta. E eles não explicam direito o que houve. Me senti constrangido. Fiz um sacrifício. Se eles já sabiam do problema, deveriam ter resolvido antes”, comentou.
Já o aposentado José Emílio da Silva, 63, foi retirar um documento restrito, mas disse que poderia esperar o sistema voltar ao normal. “Vim aqui hoje aleatoriamente. Na verdade, não tenho tanta pressa. Dá para esperar”.