Prevista para ser concluída em até 33 meses, a construção da Barragem do Catolé, no município de Barra do Choça, foi iniciada e garantirá segurança hídrica para Vitória da Conquista, Belo Campo e Tremedal. A obra está sendo executada pela Empresa Baiana de Águas e Saneamento (Embasa), vinculada à Secretaria de Infraestrutura Hídrica e Saneamento (SIHS), e terá investimento de R$210 milhões provenientes do Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR), com contrapartida do Tesouro do Governo Estadual.
No local, as equipes trabalham em ações de sustentação com o serviço de supressão vegetal da área que será alagada pela barragem, investigações arqueológicas, instalação do viveiro de plantas nativas, resgate de fauna e flora, além das ações executivas de construção do canteiro de obras e recuperação das estradas de acesso ao local da obra.
De acordo com o engenheiro fiscal da obra Jackson José Rangel Silva, nesta etapa da obra “os serviços contemplam ações para possibilitar o transporte adequado de materiais, equipamentos e a equipe de execução, além da supressão vegetal em conformidade com as diretrizes ambientais de maneira a não interferir na execução dos demais serviços que seguem um cronograma pré-estabelecido”, explica.
A nova barragem ficará a jusante (sentido do fluxo da água) da confluência do Rio Catolé com o Ribeirão Água Fria formando o Rio Catolé Grande e possibilitará o armazenamento de 23,4 bilhões de litros de água, volume quatro vezes maior do que a capacidade de armazenamento da barragem de Água Fria II. O reservatório ocupará uma área total de drenagem da bacia hidrográfica de 761 quilômetros quadrados de espelho d’água de 160 hectares, altura do vertedouro de 53 metros e volume máximo normal de 23,73 bilhões de litros (23,73 hectômetros cúbicos) e vazão regularizada de 670 litros por segundo.
O Ministério das Cidades, nesta terça-feira (8), que está liberada a construção da Barragem Catolé. A informação foi divulgada pela Secretaria de Infraestrutura Hídrica e Saneamento (Sihs).
Conforme a Secretaria, a nova barragem vai beneficiar cerca de 350 mil habitantes de Vitória da Conquista e região. A obra, orçada em R$ 166,8 milhões, será construída pela pela Empresa Baiana de Saneamento e Águas (Embasa).
A barragem será instalada na confluência do Rio Catolé com o Ribeirão Água Fria, formando o Rio Catolé Grande. A bacia hidrográfica vai ocupar uma área de 761,20 quilômetros quadrados, com altura de 53 metros. A barragem terá extensão de 347 metros com largura do vertedouro de 55 metros, volume máximo normal de 23,73 hectômetros cúbicos (hm3) e vazão regularizada (100% garantida) de 670 litros por segundo.
Ainda de acordo com a Secretaria, a barragem deve ficar pronta 33 meses depois do início das obras. No entanto, não foi informado quando o empreendimento começará a ser construído.
Atualmente, adutora do Catolé está servindo como principal fonte de abastecimento para a população de Vitória da Conquista. De acordo com a Empresa Baiana de Águas e Saneamento (Embasa), a água que vem da adutora representa 90% do líquido que é ofertado para os moradores da cidade.
Porém, não é suficiente. Ainda segundo a Embasa, para tentar amenizar os transtornos da população, que há exatamente um ano sofre com o racionamento, está sendo construída a adutora do Rio Gaviãozinho. Quando estiver funcionando, a situação na cidade deve melhorar. Mas a solução definitiva só deve vir com a construção da Barragem do Rio Catolé.
Conforme a própria Embasa, a licitação para essa obra deverá ser lançada no dia 29 de maio. O prazo para a construção é de três anos, ou seja, o problema da água em Vitória da Conquista só será resolvido depois de 2020.
O diretor de operação do interior da Embasa, José Ubiratan Cardoso, garantiu, nesta quarta-feira (5), que o edital de licitação para a construção da barragem do Rio Catolé será relançado na segunda quinzena de abril. A promessa foi feita em sessão especial realizada na Câmara de Vereadores para discutir a crise hídrica vivenciada pelo município.
“Houve agora a sinalização por parte do Governo Federal do recurso para a barragem, então nós suspendemos a licitação que foi lançada pelo Governo do Estado/Embasa, porque a modalidade é diferente, segundo a legislação. Estamos relançando a licitação definitiva na segunda quinzena de abril”, explicou o diretor.
O projeto aprovado pelo Governo Federal prevê a liberação de recursos no valor de R$144 milhões. O investimento total é de R$ R$ 204 milhões. A barragem do Catolé terá capacidade para armazenar 23,4 bilhões de litros de água, volume quatro vezes maior do que a capacidade de armazenamento da barragem de Água Fria.
Em sua visita a Vitória da Conquista, nesta quinta-feira (9), o governador Rui Costa também tratou da construção da Barragem do Catolé. Rui Costa garantiu que irá abrir o processo de licitação no mês de abril e criticou o Governo Federal, que, segundo ele, não alocou recursos para obra.
“A Barragem do Catolé eu já soltei com recurso próprio, porque eu cansei de esperar o Governo Federal liberar recurso para esta obra. Eu estou com dois anos do meu mandato, cobrando e aguardando. Cansei e o povo de Conquista com certeza cansou. Eu já determinei a Embasa que faça a licitação, que já foi colocada na rua com recurso próprio. Devo abrir agora em abril a barragem do Catolé, que é um investimento de 200 milhões de reais”, disse o governador.
Rui Costa ainda prometeu retornar ao município este mês, para fazer uma vistoria na adutora do Rio Gaviãozinho. A obra emergencial, de R$ 4 milhões, tem o intuito de reforçar o abastecimento em Vitória da Conquista.
O presidente da Empresa Baiana de Águas (Embasa), Rogério Cedraz, anunciou que o novo processo de licitação para a construção da barragem do Rio Catolé deve ser lançado até o início de setembro. A obra foi orçada em R$ 140 milhões, com recursos da segunda etapa do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 2), do Governo Federal.
De acordo com o presidente da Embasa, o projeto foi revisado e adequado às exigências do Ministério das Cidades, como também estão assegurados os recursos necessários.
Enquanto a obra não sai do papel, as Barragens de Água Fria 1 e 2, responsáveis pelo abastecimento de Vitória da Conquista, estão sendo alimentadas também pelo Rio Catolé, por meio de um sistema adutor. Criadas na década de 1980, as barragens Água Fria 1 e 2, de acordo com estudos, não são mais suficientes para atender à crescente demanda de Vitória da Conquista e região.
Por diversas vezes o deputado Herzem Gusmão cobrou do governo estadual o início da construção da Barragem do Catolé, obra que poderá garantir segurança no abastecimento de água de várias cidades do Sudoeste Baiano pelas próximas décadas. Para Herzem, “somente com a conclusão da Barragem do Catolé é que a população de Conquista, Belo Campo e Tremedal terá a garantia de receber água potável com qualidade”.
Na tarde desta quinta-feira, a Empresa Baiana de Águas e Saneamento (Embasa) realizou uma audiência pública no auditório da Câmara de Vereadores de Vitória da Conquista no intuito de informar a população sobre as ações desenvolvidas pelo órgão.
Durante o evento, técnicos da Empresa deram detalhes sobre a obra emergencial que está sendo realizada com a transposição de águas do Rio Catolé para suprir as barragens de Água Fria I e II, que operam com nível baixo de água em função da estiagem na região.
“Os trabalhos prosseguem com montagem das bombas das três estações elevatórias e do ponto de captação flutuante. Após sua conclusão, o equipamento terá capacidade para transportar 300 litros por segundo e dará segurança para encerrar o racionamento em vigor desde maio de 2012”, explica o engenheiro Rogério Pamponet.