Neste ano, o Ministério da Saúde reservou R$ 250 milhões a mais para aumentar o número de cirurgias eletivas a serem realizadas pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Os repasses começam a ser feitos neste mês, já para diminuir as filas para 53 tipos de procedimentos que incluem catarata, varizes, hérnia, vasectomia e laqueadura, além de cirurgia de astroplastia de quadril e joelho, entre outras com grande demanda.
Os procedimentos com maior demanda são os oftalmológicas, para tratamento de catarata e de suas consequências, e para tratamento de doenças da retina, seguida de cirurgia para correção de hérnias e retirada da vesícula biliar. De acordo com o Ministério da Saúde a expectativa é zerar a fila de espera de pacientes que aguardam por esses procedimentos, que não têm caráter de urgência e são de média complexidade.
As cirurgias eletivas, fazem parte do atendimento diário oferecido à população em hospitais de todo o país. Dados registrados no sistema de informação do SUS mostram que ao longo de 2018 foram realizadas 2,4 milhões de cirurgias eletivas em todo país. Até outubro de 2019, foram 2 milhões de procedimentos realizados em todos os estados brasileiros.
O Ministério da Saúde liberou R$ 7.389.183,45 para a ampliação do acesso aos procedimentos cirúrgicos eletivos, no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS) na Bahia. A medida foi publicada no Diário Oficial da União desta segunda-feira (29).
O repasse será feito por meio do Componente Fundo de Ações Estratégicas e Compensação (Faec). O governo federal disponibilizou para todos os estados o montante de R$ 100 milhões, dividido conforme a população de cada local. A Bahia vai receber a quarta maior fatia de recursos. Os primeiros estados no ranking são São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro.
Os valores ficam disponíveis por meio do Componente Fundo de Ações Estratégicas e Compensação (FAEC).
O Blog da Resenha Geral entrou em contato com o Hospital de Base de Vitória da Conquista para apurar a denúncia de falta de material para cirurgias eletivas. A denúncia dá conta de que os procedimentos foram suspensos por falta de compressas cirúrgica, que oferece melhor condição de visibilidade no local da cirurgia.
Segundo a direção do hospital, o material deve chegar na unidade de saúde ainda hoje. Porém, a direção argumentou que a ausência das compressas não atrapalharam os procedimentos.
No entanto, parentes de pacientes afirmaram que houve cancelamento de cirurgias. Paulo de Jesus conta que sua mãe, Dona Genir, uma idosa de 81 anos, fraturou o fêmur há 14 dias e ainda aguarda no hospital de base para fazer a cirurgia. “Eu vim de São Paulo para acompanhar minha mãe nesse momento e até agora a gente não sabe o que vai acontecer. Ontem, o médico me disse que a cirurgia não foi feita ainda porque está faltando material”, disse.
A cirurgia eletiva é aquela em que se consegue escolher a melhor data para se realizar o procedimento cirúrgico. Geralmente ela é realizada após diversos exames que são feitos para obter as melhores condições de saúde do paciente.