Publicado por Editor | Colocado em Vit. da Conquista | Data: 25 abr 2015
Tags:Artigos, Contos, Cordéis, Nando
Por Nando da Costa Lima
A família comeu o pão que o Diabo amassou para formá-lo em Direito, mas ele nunca quis exercer a profissão. Julgava-se muito superior para ficar defendendo banalidades. Não gostava de passar nem em frente ao fórum. Seu sonho desde criança era ser pensador. Para ele era a forma mais cômoda de ocupar-se e ao mesmo tempo dar satisfação à sociedade. Os amigos argumentavam que aquilo era coisa de grego do tempo antigo, e mesmo na época, eles não eram levados muito a sério. Outros falavam que era ridículo em pleno século XXI alguém viver de reflexão. Teve até gente que não concordou por achar uma profissão superada, já houve tanto pensador no mundo que as grandes ideias se acabaram, e não ia adiantar nada ele ficar tendo pensamentos do segundo escalão ou repesando as grandes ideias. A mãe não se importava muito com a opção do filho, isto é, até o dia que falaram pra ela que pensador e poeta são farinha do mesmo saco, só presta pra beber cachaça e queixar da vida. O que não era seu caso, ele só bebia conhaque. Aí a velha se retou e partiu para o filho com todos os argumentos possíveis: -“Meu filho, já que você não quer ser merda nenhuma, seja funcionário público como o seu pai, que apesar de não fazer nada, faz de conta que faz e só anda cansado. …Leia na íntegra