
Editorial

No então governo de Itamar Franco, o ministro da Fazenda, Fernando Henrique Cardoso, implantou a Unidade Real de Valor (URV), o primeiro passo do que viria a ser o Plano Real, que entrou em vigor em julho de 1994. A URV foi instituída pela Medida Provisória nº 482, logo após um ajuste fiscal emergencial promovido por FHC para reduzir os gastos públicos. A diferença entre o plano do então ministro e dos outros tantos já criados para domar a inflação é que o Plano Real sacrificava os gastos públicos – enquanto os demais penalizavam o setor privado.
A URV não era um índice calculado diariamente pelo Banco Central (não era uma moeda) e que oscilava como o dólar. Servia para reajustar preços e salários para que ambos caminhassem no mesmo compasso. À época, a inflação no Brasil estava em mais de 500% ao ano. Todos os cálculos eram feitos em URVs, mas pagos em cruzeiro real. O Brasil saiu da crise, retomou o crescimento, e ganhou credibilidade internacional
Reforma de Dilma
A reforma de Dilma Roussef (PT) na opinião de especialistas não resolverá absolutamente nada. A máquina continua inchada com 31 ministérios e a gastança, sem controle. O Governo e o PT querem mais impostos para continuar sacrificando o setor privado e o povo brasileiro. Nenhum sinal no combate a inflação. O dólar anda oscilando em R$ 4,00.
Os aliados continuam insatisfeitos a exemplo do PMDB, PP, PTB, PSC, PHS e PEN. O líder do PMDB, deputado federal Leonardo Picianni (RJ) já perdeu o comando sobre os demais parlamentares que se rebelaram contra o toma-lá-dá-cá. Para Eduardo Cunha, a reforma foi muito ruim para o governo porque não altera posições: quem é contra a Dilma, continuará contra. Picianni corre risco de cair como líder do blocão na próxima terça – feira (6) em reunião marcada com os líderes dos partidos que integram o grupo.
Dentro do PMDB a situação do deputado Picianni também não é boa. 22 deputados do partido manifestaram insatisfação com o apoio e troca por ministérios que vem desgastando a legenda em todo Brasil. “O PMDB está de costas para o movimento das ruas”, disse o deputado federal Lúcio Vieira Lima. O ex-ministro Geddel Vieira Lima sentenciou: “Nós temos um governo absolutamente sem rumo. A crise é Dilma e esse é um fato concreto”, disse.
O Brasil precisa retomar o crescimento – acabar com a inflação e voltar a gerar emprego e renda. Dilma já não governa e Lula busca se proteger com a ilusão de apagar a mancha de corrupção que o seu Governo deixou de herança para a atual presidente, que por sua vez, perdeu o controle absoluto com uma gestão fraca e desacreditada. Saudade de FHC!