Uma matada no peito, um giro no corpo, um chute raro, uma pintura, um lance inesquecível entre todos os lances inesquecíveis do Maracanã. Um golaço de James Rodríguez, camisa 10 clássico, abriu o caminho para a vitória (2 a 0) que classificou a Colômbia para as quartas de final da Copa do Mundo. Ele ainda fez o segundo e se isolou na artilharia do torneio, com cinco tentos, mais do que Messi e Neymar (com quatro).
Foi o triunfo de um dos times com o melhor futebol do torneio até aqui sobre um Uruguai que chegara ao Maracanã claudicante, contando principalmente com o peso de sua camisa, e sem Luis Suárez, seu melhor jogador. Durante os 90 minutos falaram mais alto a aplicação tática e a qualidade dos colombianos, que fizeram um Maracanã quase totalmente amarelo explodir com a classificação inédita às quartas de um país que estava há 16 anos longe de Mundiais. Agora, a Colômbia se prepara para o encontro com o Brasil, que tem tudo para ser duríssimo para os donos da casa, na próxima sexta-feira, em Fortaleza.
O Uruguai precisava da vitória e conseguiu. No sufoco, a Celeste conseguiu triunfar por 1 a 0 sobre a Itália, nesta terça-feira, na Arena das Dunas, em Natal, e passou às oitavas-de-final da Copa do Mundo, ao lado da Costa Rica (primeira colocada), no grupo D. O único gol do confronto foi marcado por Godín.
Quando o assunto é um jogo entre Itália e Uruguai, espera-se uma partida brigada, disputada. Quando esse jogo é decisivo para definir o futuro das duas equipes na sequência da Copa do Mundo, então, nem se fala. Assim foi durante quase toda a primeira etapa do confronto: muita raça e poucas chances, exceto por dois bons momentos de perigo para os dois lados.
Valeu a pena esperar pelo craque. Depois de passar por uma cirurgia no joelho esquerdo no dia 22 de maio, o atacante Luis Suárez voltou a jogar menos de um mês depois e marcou os dois gols do Uruguai na vitória por 2 a 1 sobre a Inglaterra, nesta quinta-feira, na Arena Corinthians. Rooney, no seu primeiro gol em Copas do Mundo – ele disputa o terceiro Mundial – descontou para os ingleses.
A Celeste pula para três pontos em dois jogos. Já a Inglaterra segura a lanterna, sem pontos. Na próxima rodada, no dia 24, o Uruguai enfrenta a Itália, em Natal. Já o English Team joga a vida contra a Costa Rica, em Belo Horizonte.
Os uruguaios dominaram as cadeiras brancas do Castelão para ver neste sábado o início de uma caminhada semelhante à de 1950, quando, numa Copa no Brasil, calou um estádio cheio de brasileiros e levou o Mundial. Não faltaram faixas e camisetas em alusão ao Maracanazo, mas o que se viu foi um Castelazo. Como num roteiro maquiavélico e genial, os papéis se inverteram. Favorito, o Uruguai cedeu virada de 3 a 1 para a antes pouco expressiva Costa Rica. O Ghiggia dos trópicos se chama Campbell e, como num exército de um homem só, dizimou em 90 minutos uma equipe montada com rigor espartano durante quase uma década por Óscar Tabárez. E que terminou amealhando a antipatia dos anfitriões castigados há 64 anos, numa ironia regada a gritos do mais amarelinho dos “olés”.
Faltou Luis Suárez, que ficou no banco por recuperação de cirurgia no joelho realizada há 23 dias. O ataque até parecia não sentir a ausência. Marcou cedo, aos 23 minutos, com Cavani, em pênalti bem marcado pelo árbitro alemão Felix Brych, um puxão sem cerimônias de Díaz sobre Lugano. Pobre Lugano, aliás. Pobres também foram Godín, Gargano, Arévalo Rios… todos que tentaram marcar um atacante que nem era para estar em campo.
A desgastada Itália precisou participar de mais uma disputa de pênaltis para derrotar o Uruguai e conquistar a terceira colocação da Copa das Confederações. Menos de três dias após uma longa partida contra a Espanha, na qual acabou sendo derrotada nos tiros da marca penal, a equipe dirigida por Cesare Prandelli triunfou em Salvador.
Os italianos estiveram à frente no placar duas vezes, mas sofreram com o ótimo Cavani, autor dos gols que definiram o empate por 2 a 2 ao fim dos 90 minutos. Os uruguaios só buscaram o ataque no segundo tempo da prorrogação, quando ficaram com um homem a mais, e acabaram sendo castigados nos pênaltis: 3 a 2.
Parecia que o Mineirão era o Maracanã. O ano, 1950. Assim como naquela catastrófica decisão de Copa do Mundo, a Seleção Brasileira esbanjou nervosismo diante do Uruguai nesta quarta-feira. Mas o final foi diferente. Com direito a um pênalti defendido pelo goleiro Júlio César, que vingou o crucificado Barbosa, o Brasil de Luiz Felipe Scolari venceu o Uruguai por 2 a 1 e avançou para a final da Copa das Confederações.
Graças aos gols do mineiro Fred e do volante Paulinho, o último deles aos 40 minutos do segundo tempo, a Seleção Brasileira enfrentará o time vencedor do confronto entre Espanha e Itália no domingo, no Maracanã – a semifinal europeia será disputada na quinta-feira, no Castelão. O Uruguai, que descontou através do centroavante Edinson Cavani nesta tarde, decidirá o terceiro colocado da Copa das Confederações também no fim de semana, na Arena Fonte Nova.
Na estreia da atual campeã mundial na Copa das Confederações, pior para o Uruguai. Apesar do placar apertado, a Espanha não tomou conhecimento do adversário e venceu por 2 a 1, na Arena Pernambuco, Região Metropolitana de Recife. Os gols foram marcados por Pedro e Soldado, ambos na primeira etapa. O tento celeste, marcado por Suárez, saiu apenas nos últimos minutos.
Com o resultado, a Espanha além de se posicionar muito bem para se classificar à semifinal da competição, chegou a 26 partidas de invencibilidade em jogos oficiais. A última derrota da La Roja foi na estreia na Copa do Mundo de 2010, contra a Suíça. Na próxima quinta-feira, os espanhois pegam o Taiti, no Maracanã, às 16h. Três horas mais tarde é a vez da Celeste voltar a campo e enfrentar a Nigéria, na Arena Fonte Nova.